— Análise Crítica por Aline Sillva —
Ficha técnica:
Nome: Children of Nobody/ Red Moon, Blue Sun/ 붉은 달 푸른 해
Diretor: Choi Jung-Kyu
Escritor: Do Hyun-Jung
Rede: MBC
Episódios: 32
Data de lançamento: 21/11/2018 – 16/01/2019
Idioma: coreano
País: Coréia do Sul
Sinopse:
Cha Woo-Kyung (CWK) (Kim Sun-A) trabalha como conselheira infantil em um centro infantil. Sua vida é perfeita. Ela gosta de seu trabalho, ela é casada com um marido aparentemente amoroso e ela está grávida de seu segundo filho. Um acidente muda a vida de Cha Woo-Kyung. Ela enfrenta vários incidentes e descobre a verdade.
Enquanto isso, Kang Ji-Hun (KJH) (Lee Yi-Kyung) trabalha como detetive. Ele acredita firmemente que os criminosos devem ser punidos pela extensão total da lei. Ele tem dor dentro de si mesmo de seu passado que ele esconde.
Children of Nobody é aquele drama que começa devagarinho e que aos poucos vai tomando a sua atenção. É cativante. Gostei bastante do enredo e das histórias bem conectadas (até certo ponto). A trama gira em tornos de abusos com crianças, mas não achei que ficou tão pesado quanto poderia ter sido. Talvez. Assim que você leu “abuso com crianças” Mother tenha vindo a sua cabeça. Apesar de ter esse assunto em comum, o foco aqui é outro. É um drama investigativo que gira em torno de uma série de assassinatos envolvendo pessoas que maltratam crianças, fazendo com que durante o drama tenha um suspense muito interessante. Durante esses assassinatos, tinha até umas jogadas com uns poemas. Bem estilo serial killer. O tema foi desenvolvido de maneira sucinta, e inteligente.
CWK trabalha como conselheira em um centro infantil. Ela estava grávida do seu segundo filho e parecia ter um casamento feliz. Uma vida perfeita. No entanto, tudo muda quando ela se envolve em um acidente e acaba matando uma criança. Ela fica desesperada e entra em uma depressão profunda. Ela não aceita o que aconteceu e ainda mais que ninguém da família do garoto foi procurá-lo. Nesse meio tempo, ela perde o bebê e se separa do seu marido. Logo após esse incidente, ela começará a ter algumas visões do seu passado. Onde constantemente verá uma criança vestida com um vestido verde.
Embora no começo você sinta um pouco de pena da CWK você vai perceber que ela não é tão frágil como parece, mas que os seus medos são todos oriundos do seu subconscienteadquiridos de quando ela era criança. Por isso, horas ela oscila entre uma medrosa convicta e nas outras em uma leoa pronta para defender seus “filhos” (que são as crianças que ela atende no seu consultório). Esse drama focou bastante no aspecto de quanto um abuso na sua infânciapode refletir quando você virá um adulto. Tanto que todos os personagens principais apresentaram algum tipo de trauma na infância.
Kang Ji-Hun (KJH) é um policial justo que acredita na justiça unicamente através da lei. Ele é designado para investigar uma série de assassinatos. Vamos descobrindo durante o drama que ele não era tão, digamos, afetuoso com crianças, devido ao seu passado. Mas que ele vai se tornar um guardião dessas crianças, querendo proteger de seus pais abusadores.
Durante o drama terá uma serie de assassinatos com pessoas que praticam abusos com crianças, como já citei acima. O que fará com que uma parte da estória gire em torno de quem é o justiceiro. Muitas pessoas acreditavam que era uma pessoa, mas não era. E esse foi um dos pontos altos desse drama, pelo menos para mim, foi sair da obviedade. Até porque, nós não dedicamos horas pensando e imaginando em quem será o assassino para ser tão óbvio, não é? Uma dica: Faz um maratona e descobre para ontem quem era o cidadão.
Enquanto acontecia os assassinatos a polícia investigou de verdade. Outro ponto positivo desse drama. Correu atrás mesmo. Não ficou apenas em mentiras típicas de dramas. O que achei muito legal. É nesse momento de busca pelo suspeito ou os suspeitos que a conexão do KJH com a CWK vem a tona. Em vários momentos ela o ajudou a encontrar os culpados dos abusos. O KJH frequentava mais o centro para crianças do que o seu próprio office na delegacia. Como não tinha romance, só nós restou shippar esse romance imaginário que só rolou em nossa cabeça. É nois. Haha. Mas já pensaram que poderiam ser um noona romance daqueles? Eu já pensei nisso. Ninguém segura a imaginação de uma drameira.
Outro personagem intrigante desse drama. Mais um, né? É o Lee Eun-Ho (VIXX’s N). O Eun-Hotrabalhava no centro infantil juntamente com a CSK. Adora as crianças, e sempre estar pronto para ajudar. Um amor de pessoa, mas que esconde uma personalidade bem controversa. Assim como a KJH e a CWK, o Lee Eun-Ho foi um dos personagens principais do drama. Mostrando aquele jeitinho 99% doce, mas que escondia uma personalidade, digamos, 1% muitcho louco.
Sobre a atuação dos atores não podemos deixar de ressaltar a da Kim Sun-A (rainha da Coréia), Lee Yi-Kyung (mostrou que só não um oppa delicinha) e do VIXX’s N (dessa vez com o cabelo escuro). Todos foram muito boas. Ah, também de todos os atores infantis. Uma fofura só. A metade do futuro da Coréia estava nesse drama e a outra metade em Sky Castle.
Mas como nem tudo são flores…
Embora eu tenha curtido o drama. Não posso deixar de comentar da falta de ritmo dos 3 últimos episódios. Principalmente do episódio final. Eu acompanhei esse drama, assistia quando os episódios eram lançados e via as discussões nos fóruns sobre “quem será o assassino?” “o que acontecerá com os personagens x e y?”. Eu tinha grandes expectativas sobre vários personagens e o final não demonstrou de forma completa e complexa como o drama estava caminhando até ali e como imaginei que poderia ter sido. Acredito que os três últimos episódios poderiam ser melhores aproveitados. Não precisava apenas focar na infância da CWK, mas de outros personagens também. O próprio KJH. Ele tinha uma estória mal resolvida com a ex. Até tinha na sinopse que ele tinha um segredo. Só apareceu algo sobre isso nos episódios iniciais, e uma citação no episódio final, mas não foi explorado ficando superficial. Demonstrando que foi bem corrido esse final.
Outro personagem que não entendi muito bem, e faz parte do banner de divulgação do drama é a policial Jeon Soo-Young (Nam Gyu-Ri). Apenas no final mostrou ela sendo espancada pelo irmão. Achei fora de hora, pois até o episódio 15 ela quase não apareceu no drama. Apenas nas cenas onde estava atrás dos culpados. Durante o drama muito se falou sobre a mãe adotiva da CWK, mas no episódio final não deram muito valor como ela deveria pagar pelo erro que cometeu. E, alguém sabe onde foi parar o ex-marido da CWK? Simplesmente sumiu. Ninguém o viu. Apareceu, fez um pouco de raiva. A mãe dela falava muito dele, mas não sabemos onde foi parar. Então, pelo menos para mim, ficou com várias partes soltas. Não aprofundou e pode ser considerável superficial para o padrão que o drama vinha tendo até por volta do 14 episódio. Muitas pessoas estão comentando que talvez tenha uma segunda temporada, ou que estão aguardando, pois não entenderam ou acharam o final bem superficial (sem emoção). Eu não acredito que terá segunda temporada (bem difícil segunda temporada em kdramas, né?) e que esse é o final real mesmo. Uma pena.
Talvez, se você fizer uma maratona, você possa ter uma impressão diferente de quem é o assassino e de alguns personagens, mas para quem acompanhou semana a semana e teve tempo para refletir e discutir sobre esse drama, o final não foi tão excepcional, pois o nível do drama estava muito bom.
No entanto, se me perguntarem se eu recomendo esse drama? Sim, claro, com certeza. Principalmente se você quiser assistir algo de boa qualidade e sem clichês baratos. Também por ser um drama que aborda um tema sempre recorrente em nossa sociedade que são os traumas na infância e como eles podem nos afetar no futuro.
Minha nota no MyDramaList foi 8.
Onde assistir? Star Drama Fansub