Essa semana estreou Good Casting, tiro, porrada e bomba minha gente, protagonismo de mulher, adoro não vou mentir. Vemos três tipos de mulheres que estão bem presentes em nossa sociedade, a mãe viúva/solteira que se divide entre o trabalho e a criação de seu filho, a mãe dona de casa que trabalha fora, mas no tempo certo está ali com a família, e a mulher solteira, livre e dona de si.
Good cast trouxe algumas críticas com relação a sociedade, bem como na entrevista de emprego da Chan Min, na qual ela disse: “o problema é que menosprezam as mulheres, o governo faz um trabalho mal feito para apoiar as mães, e quando as mulheres tentam a voltar ao trabalho, por que não fazem nada para ajudar?”. Eu estava como nesse momento? Abrindo minha janela e pegando meus fogos para soltar e homenagear esse ícone, mas parei porque lembrei que os doguinhos ficam assustados, não façam, por favor.
Voltando a mais uma crítica, quando ligaram para a Min Soon, ela perguntou como queriam que ficasse de prontidão se o trabalho dela já havia acabado as 15h e o “chefe” reclamou que ela não poderia sair do trabalho sem avisar, “não é como se fosse me pagar hora extra”, ela desligou o celular e voltou para seus afazeres de casa. Essa cena foi tudo pra mim, eu já trabalhei em uma em lugar que exigia muito de mim, sempre que me ligavam eu tinha que estar de prontidão, não importava se não era mais meu horário de trabalho, isso mostrou que as empresas precisam respeitar o horário dos seus funcionários e suas vidas particulares. Good Casting começou bom, eu chorei, ri e me diverti, espero que levem a trama para um lado responsável e não percam a mão.
Ponto positivo: como eu disse,é uma trama que protagoniza mulheres que podemos identificar na sociedade, fazendo um trabalho de espião que normalmente quando isso é apresentado na ficção, vemos mais homens nesse papel. Até a segurança do pessoal barra pesada é uma mulher, e ela bateu em todo mundo sozinha, fiquei chocada, não vou mentir.
Ponto negativo: poxa Good Casting, você me quebrou legal nessa parte, até os últimos minutos eu não tinha nada de negativo para falar, mas você me apresenta esse epílogo? Como que em um drama que tende a inovar, você me coloca uma mulher que vocês pintam totalmente dona de si, como uma louca varrida? Que não aceita o final de um relacionamento e ainda por cima parte para agressão. Eu assisti essa cena duas vezes, só para ter certeza que não estava querendo problematizar muito, se foi para ser engraçado, eu não achei graça nenhuma, e só faz reforçar tudo que a sociedade machista pensa das mulheres que são independentes, que elas são loucas e qualquer hora vão surtar. Sei que a personagem dela é vista como estranha e que age por impulso, mas cena simplesmente não me desceu. Se alguém entendeu de uma forma diferente, coloca aqui nos comentários porque eu realmente quero entender o porquê dessa cena.
A moral da história é que esse drama está só no início, ainda tem muita coisa para rolar e apesar dessa cena final, eu vou dar meu voto de confiança e esperar que o roteiro seja bom. Eu procurei informações da roteirista e não achei, acredito que seja o primeiro drama dela, me corrijam se eu estiver errada. Esperemos o melhor desse drama.
Onde assistir: Kocowa e Drama Fansubs